quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Forgotten Boys

Durante os anos 90, o cenário de rock alternatio do Brasil estava completamente dominado por bandas de emocore, hardcore e guitar bands. Haviam 2 garotos completamente entediados com essa situação e não estavam entendendo nada do que se passava – eles foram crescidos ao som de gente como os Ramones, Iggy Pop, Johnny Thunders e Wayne Kramer. Não tendo onde ir para ouvir música ou assistir shows, eles etraram num estúdio para gravar um DEMO chamada “…cos revenge is sweet”, completamente influenciada pelos Ramones. Eram 3 músicas e um cover. Essa fita foi dedicada ao dead boy Stiv Bators e a Johnny Thunders, que haviam falecido no mesmo ano. Colocaram um foto 3x4 de cada um na capa e se chamaram de “Forgotten Boys” - nenhum outro nome mais apropriado – isso foi em 1997, em São Paulo.

Essa DEMO foi ouvida por poucos. Em 1998, Gustavo Riviera e Arthur Franquini tinham mais um monte de novas composições e convidaram um baixista para integrar a banda. Já no final de 1998 eles gravaram uma outra DEMO, esta com 13 músicas, se chamava “Forgotten Boys” e mesmo com apenas 50 cópias se tornou bem ouvida e bem elogiada. Com essa fita a banda começou a ganhar certa exposição na mídia e no cenário rock, aparecendo como algo “original” e “inusitado” – palavras usadas pela mídia especializada na época.

No começo de 1999 o baixista sai da banda, um amigo apresenta Chuck Hipolitho à banda em troca de um CD do Steve Stevens (que nunca recebeu). Já em 2000 eles tinham seu primeiro disco, chamado “Forgotten Boys”, lançado pela gravadora Ataque Frontal de São Paulo, especializada em Punkrock. Esse disco tomou uma semana de gravações, foram gravadas 24 músicas e apenas 16 estão no disco. Quem produziu foi Daniel Ganjaman que já trabalhou com os Racionais MCs, Planet Hemp, Sabotage, Otto e toca na banda paulistana Instituto.
Zé Mazzei, Flávio Cavichioli, Chuck Hipólitho e Gustavo Rivera.

No começo de 2002 Arthur deixa a banda para sua própria boa sorte, mesmo assim Gustavo e Chuck gravam sozinhos um split CD com os argentinos da banda Killer Dolls, tembém produzido por Ganjaman. Esse disco provou de alguma maneira que estavam amadurecendo e que a partir dalí nada mais os pararia. Esse disco foi lançado no mesmo ano pela Spicy Records de São Paulo. Ainda nesse ano de entra Flávio Cavichioli (que já havia tocado com os Pin Ups, IML e Dog School) e é gravado “Gimme More”, sem dúvida o trabalho de maior exposição e aprovação pela mídia e público em geral. Com esse disco a banda assina em 2003 com a No Fun Records de Detroit, EUA.

Várias fontes.

domingo, 3 de outubro de 2010

TRANZEUNTE ( Leozin e Castilho ) Prod. Coyote Beatz

“Essa aqui é mais uma sobre os próprios que sobrevivem a essa selva; e muitas vezes transitam mais tem idéias diferentes, sentimentos diferentes; e eles estão tão bitolados nessas coisas que eles nem conseguem enxergar a se próprios; o que eles pensam pra que eles possam alcançar algo? Então cada vez mais bitolados nessa selva de dinheiro e matéria, o TRANZEUNTE segue mais ou menos assim ... Caminhando contra o vento contra o centro e confusão mais um tranzeunte atrasado pra sua missão; mais um rosto sem nome no meio da multidão, a cabeça anda nas nuvens mais sempre com os pés no chão; percepção aguça na busca de algo novo,completo e sincera esperam que ainda seja paciente; pra seguir em frente há sempre a condição só porque nasce diferente dos que se encaixam no padrão; ter q agüentar patrão, buscar a solução pra um problema que não é seu, e ver quem venceu; passando em cima de valores de pessoas, de amores por dinheiro tendo ele como parceiro e ninguém mais, se faz sentido a barganha despreza em troca de grana, pra entrar na formação, numa gaveta num caixão, é pura ilusão, o bolso cheio de cifrão e o coração ainda vazio, no meio fio mais uma reflexão sua participação em algo que não vale a pena, essa engrenagem plena sai de encaixe coletivo como um louco pensativo, com uma garrafa de cachaça; jogado na praça enche a cara e se desliga pra não saber o que se passa eu passo o pano eu num ouvi, sei que isso daqui não é um jogo honesto, nessa apenas paciência e claridade na missão, o jogo é sujo como cada coração que nem vai de oposição, com semelhante ignorante raciocínio, coisas de menino já passei dessa fase, minha diversão é na base e as vezes com ela invertida, domínio da palavra da rima que vai em cima, da batida que te faz pensar além, além de uma mensagem na guerra pedindo paz, a voz que te alerta camarada que seu mundo você é quem faz.
Seu mundo você é quem faz, o seu mundo é você, só depende de você, do seu esforço, seu empenho e ninguém mais.
Tentando te fazer refletir, tentando te fazer entender que só depende de você
 e que entre varias idéias diferentes varias pessoas diferentes quem manda no seu mundo é você, seu mundo você é quem faz; transitando em meio o transito no centro da cidade escondo da fumaça da mentira pra encontrar com a verdade,  na idade que já to, no meio dos moleques me sentindo um vovô, vou pra 7 e meu estresse some do mesmo jeito quando eu pego o microfone, o nome é dito Deus; em tanta crença de espírito eu agradeço ao meu, nem arrisco de gastar a minha voz, com muitos que dizem que estão comigo é nos, esquenta não quando acontece merda eu to sozinho na multidão; se o pensamento é um cifrão no bolso nem ouço ta osso camarada a vida é uma jangada; você é que escolhe a direção seu esforço e seu empenho transforma em determinação; de pé esquerdo na frente do poste me sinto um lorde, isso não é esporte e sim estilo de vida que escolhi pra mim; pra alcançar o céu com os pés no chão; e na hora de ser regular viro goofy em posição trocada ou base invertida, melhor que viver a vida sem saber se a saída está numa matéria é ver quem está contido pelo mesmo sentimento que corre na artéria, se a miséria impera pela falta de raciocínio; melhor pensar ao meu redor quando entendo o sentido de domínio, dominando medos e cisma de mais uma rima que leva o meu inconsciente, somos todos tranzeunte transitando em nossas mentes, sementes serão semeadas quando cada um regar com água e esperar, levadas mudam a atmosfera de stereo pra mono. Não quero ser dono do mundo mais sou o filho do dono!”


( créditos letra, Rique Braher )

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Um salve pra família do Skate ... SB crew

Nós somos assim...
Nada vem fácil, tudo é conquistado com muita luta e correria. Não temos o físico da aparência saudável do atleta padrão. Estamos ralados, inchados, doídos, sangrando. Cicatrizes por toda parte. Nosso nutricionista é o dono do bar da esquina.
Médico? Vi um ontem. Ele gritava: “Sai daí, vai quebrar toda a calçada muleque!”. Cuidamos da nossa saúde no postinho, em casa, com gelo e água quente. Tomamos sol de calça jeans, sobre o concreto quente, pedindo por favor pra tomar água da torneira. Nossas festas nem sempre são um sucesso. As meninas bonitas nem sempre aparecem. Nem sempre acaba bem. Nossa musica não está em primeiro lugar nas paradas. Provavelmente estará daqui a uns três anos, mas aí ela não será mais a nossa música. Estaremos ouvindo outra coisa. Se o que vestimos virou moda, não foi nossa intenção. Só precisávamos de liberdade nos movimentos. O mp4 diz coisas mais interessantes. O que se fora da tela é dinheiro emprestado, peças trocadas, tênis furado. Olhamos pra cidade com outros olhos, procurando diversão, uma bela imagem, um lugar perfeito. Uma escada suja serve de sofá para nossas animadas conversas. Se só da pra ir de madrugada, 3:00h é como se fosse 15:00h. Se estiver chovendo a gente volta amanhã. Nosso campeonato não passa ao vivo na rede globo. Não tem hora pra acabar. Ganha quem suportar até o final, com aquele buraco no tênis e no estomago. Apesar de tudo, ultimamente parece que estamos sendo aceitos. Aceitos não, desculpe, estamos sendo tolerados. Como uma doença incurável, com a qual só resta acostumar-se. Mas nós temos mais que todo mundo. Nós temos uns aos outros ... NÓS SOMOS SKATISTAS ... Família SB.Crew, união se resume a isso.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A História do Graffiti

O vestígio mais fascinante deixado pelo homem através dos tempos em sua passagem pelo planeta foi, sem duvida a produção artística. Desta , a manifestação mais antiga, com certeza, foram os desenhos feitos nas paredes das cavernas. Aquelas pinturas rupestres são os primeiros exemplos de graffiti que encontramos na historia da arte. Elas representam animais, caçadores e símbolos muitos dos quais , ainda hoje , são enigmas para os arqueólogos , mas que de fato são significantes aos seres daquele contexto , como uma forma de expressão ou talvez transcrição do momento histórico. Não sabemos exatamente o que levou o homem das cavernas a fazer essas pinturas , mas o importante é que ele possuía uma linguagem simbólica própria. Nessa época os materiais utilizados eram terras de diferentes tonalidades, sucos de plantas, ossos fossilizados ou calcinados, misturados com água e gordura de animais. Hoje , usamos tintas em spray ou mesmo em latas , e não pintamos cervos e bisões , mas sim idéias , signos , que passam compor o visual urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução, participante da arte também.
Maurício Villaça , um dos precursores da arte do graffiti no Brasil , partilhava da idéia de que graffiti são também as garatujas que fazemos desde a mais tenra idade, os rabiscos e gravações feitos em bancos de praça, banheiros, até mesmo aqueles que surgem quando falamos ao telefone. Assim , também o grafitar que se difunde de forma intensa nos centros urbanos significa riscar, documentar de forma consciente ou não , fatos e situações ao longo do tempo . Diz respeito a uma necessidade humana como dançar , falar , dormir , comer , etc. É possível dissociar essas necessidades humanas da liberdade de expressão.
Não existe graffiti ou quem produza de forma não democrática. Alias , o graffti veio para democratizar a arte, na medida em que acontece de forma arbitraria e descomprometida com qualquer limitação espacial ou ideológica. Todos os segmentos sociais podem vir a ser lidos pelos artistas do graffiti, assim como seus símbolos espalhados pela cidade podem ser lidos por todos, pois o graffiti engloba um linguajar e uma forma de expressão bastante ampla em sua contextualização, são diversas influencias talvez, não se pode dizer que o graffiti seria talvez uma "vanguarda", pois o propósito fundamental do graffiti , não é apenas cores fortes, traços leves, e assim por diante, são diversos recursos com a intenção de compor o espaço urbano de modo a estabelecer uma maior identificação com o leitor.

A palavra aqui usada e a grafia adotada (graffito) , que vem do italiano, inscrição ou desenhos de épocas antigas , toscamente riscados a ponta ou a carvão , em rochas , paredes etc. Graffiti é o plural de graffito . No singular , é usada para significar a técnica (pedaço de pintura no muro em claro e escuro). No plural , refere-se aos desenhos (os graffitis do Palácio de Pisa), a respeito de outras grafias adotadas, escolhi a de origem italiana , por que há palavras , que devem permanecer em sua grafia original pela intensidade significativa com a qual se textualiza dentro de um contexto.

Já no século XX , pintores mexicanos utilizando-se das técnicas da pintura mural , decoravam edifícios públicos. Como nos enormes murais executados por Diego Rivera , José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros, quando convidados pelo então intelectual revolucionário José Vasconcelos , na ocasião em que, após uma serie de golpes de Estado , sobe ao poder. Em 1905, Dr. AIL (pseudônimo do pintor Bernardo Carnada) publicou um manifesto defendendo a necessidade de uma arte publica. Em Barcelona , quinze anos mais tarde , Siqueiros fez apelo aos artistas da América proclamando a necessidade de se lançarem todos à tarefa de promover uma arte capaz de fala às multidões. "Pintaremos os muros das ruas e das paredes dos edifícios públicos, dos sindicatos, de todos os cantos onde se reúne gente que trabalha " afirmou Siqueiros.

No Brasil dos anos 50 , vários murais arrematavam as fachadas dos edifícios narrando temas da historia e da arte brasileira , como o realizado por Di Cavalcanti , com cerca de 15 metros de comprimento , na fachada do Teatro de Cultura Artística , na região central de São Paulo. Todos esses dados sobre muralismo , junto com a pop art , já apontavam para origem do graffiti contemporâneo enquanto expressão artística e humana. Essa manifestação , que começa a surgir no Brasil já nos anos 50, com a introdução do spray, segue pelos 60, passa pelos 70 e se consagra como linguagem artística nos anos 80, conquistando seu espaço na mídia, chegando à Bienal , a manchetes de jornais e até a novelas de TV, seguindo pelos anos 90 , e assim diante, em constante evolução.

Considerando pós-moderno , não podemos confundi-lo com pinturas em muro que, não advindo do novo, se enquadram , de uma forma ou de outra, nos padrões convencionais de pintura e não possuem uma produção considerável. Vale lembrar que toda manifestação artística representa a situação histórica em que esta ocorre, não por que necessariamente toda arte deva ser engajada, mas porque é realizada pelo sujeito histórico dentro de um contexto histórico-social e econômico. No entanto , o graffiti utilizando-se da cidade como suporte , a de retratar a situação , nesse meio presenciada ou vivida , assim relaciona automaticamente com a pichação também, cujo seu veiculo de existência também é o espaço urbano. Assim como o graffiti a pichação interfere no espaço, subverte valores, é espontânea, gratuita , em fim . Mas há diferenças, entre o graffiti e a pichação, é que o primeiro (graffiti) advém das artes plásticas e o segundo da escrita, ou seja, o graffiti privilegia a imagem, a pichação, a palavra ou a letra, sempre retratando o que a de convir ao contexto.   
 
 O graffiti ao utilizar o meio urbano como forma de expressão, contrario aos demais movimentos artísticos , 
que se inserem na sociedade através de um trabalho muitas vezes planejado e exposto em galerias e museus, 
faz com que seja bastante questionado. Um dos aspectos conceituais mais interessantes encontrados nessa 
linguagem (graffiti), é sem duvida, a questão da proibição, sempre presente , talvez um preconceito ou mesmo 
uma falta de informação a respeito do que acontece e a arte final prescrita no muro , faz com que muitos da 
população ajam a favor dessa proibição, ao visualizar esse tipo de ação. Ao observamos essa opressão, ou melhor dizendo essa proibição , percebemos que ela está ligada ao conceito de propriedade privada, ou seja, o que pensara o proprietário do espaço ao ver sua propriedade graffitada , sem sequer ser comunicado .Engloba uma questão bastante ideológica ao referirmos a esse aspecto , porem a de convir que o graffiti por sua natureza intrínseca, sempre será marginal. Mas se focalizarmos o aspecto de pratica com as técnicas, de proposta de trabalho e de amadurecimento das obras, reconheceremos, num primeiro momento, uma fase de domínio marginal. Fase em que os artistas em "roles" pelas ruas da cidade pesquisavam e realizavam o graffiti basicamente preto e branco. Porem esse estilo, se é que podemos taxar dessa maneira, ainda tem suas raízes 
atuais, o fato de fazer graffitis com pouca elaboração e de maneira ilegal ainda aflora-se na mente dos artistas, 
assim podemos confirmar observado-se a cidade como um todo, e que em sua maioria é tomada por esse 
estilo, descrito como bombing, ou mesmo thronw-up, numa representação espontânea.



No entanto não podemos, dizer que a população vem encarando o graffiti a cada dia que se passa como um meio artístico da cidade, podem até afirmar isso, porem discordam da ação, assim vejo que a proibição está, mais do que nunca, em pauta . Vejamos, o presidente da Republica sancionou um lei ambiental, talvez nos anos 90, um tempo atras, de numero 9.605, que entrou em vigor, no inicio de 1998, que além de conceituar o graffiti e a pichação sem estabelecer distinção alguma, os declara crime contra o meio ambiente passível de penalidades. Paradoxalmente, esse impedimento do exercício coletivo de liberdade de criação contribui para que os artistas continuem na busca da perfeição, focos para alguns, superação, e firmar-se acima das possíveis criticas e da aceitação maior do publico, porem abrindo um leque também para, novamente a questão, a ação ilegal, que muitos a justificam pelo fato de haver uma proibição, e o ilegal é legal.
A trupe de graffiti americano, começou a despontar em 1980, junto com o movimento hip hop, fazendo parte dos tão falados 4 elementos, que no caso se ligam diretamente ao rap, são os DJ's, nos toca discos, os MC's, no microfone, mandando sua mensagem, os B.Boys , entrando no compasso do rap com danças criativas, e os graffers , colorindo o meio em que passam. No Brasil esse estilo não só invadiu o metrô, varias experiências foram realizadas em termos de técnica, pois no inicio só se via um tipo de traço de spray. O tamanho padrão das latas, com jatos relativamente grossos, fez com que se buscassem novas possibilidades de variação de bicos. Assim percebeu-se que desodorantes e inseticidas possuíam bicos que produziam traços mais finos. A partir daí, descobriu-se que extraindo um pouco de ar da lata de tinta spray seu jato torna-se menos denso, e o traço mais fino, e assim fora se aprimorando. Por ultimo, tivemos a utilização do compressor, substituindo a lata de spray, porem muitos dos graffiteiros discordam da utilização dele pois alem de substituir as latas está substituindo o próprio graffiteiro, deixando o de comparsa a uma maquina. O estilo americano começou realmente a ser realizado em grande escala em 1989, com os gêmeos Gustavo e Otavio, Speto, Binho, Tinho e, ainda, o excelente grupo Aerosol, que se destacaram entre outros. Hoje em dia, alem das letras coloridas, caracteristica do graffiti americano, estão aparecendo desenhos elaborados, partindo de apurada técnica. Esses desenhos traduzem o universo hip-hop em suas mais variadas nuances, com figuras humanas dançando, pensando, cantando, etc... bastante americanizado, porem , os mesmo estão caminhando para uma evolução, como podemos presenciar, esse estilo americano, está sendo bastante abrasileirado, e assim expondo nossa cultura a população, assim entretendo e passando informações ao publico.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Skateboard, o Começo

Ainda nao se sabe exatamente quando apareceu o Skate, mas podemos dizer que foi no principio dos anos 60 na California. Era em uma epoca aonde reinava o surf e a curticao total sobre uma prancha. Mas como as coisas nunca davam certo, em dias com poucas ondas, aqueles mesmos surfistas pegaram as rodas de seus patins, e colocaram em "shapes", para que assim pudessem surfar em terra firme. Os skates eram muito primitivos, no possuam nose nem tail, era apenas uma tabua e quatro rodinhas. O crescimento do esporte se deu de uma maneira tao grande, que muitos dos jovens da epoca se renderam ao novo esporte chamado skate, surgiram entao os primeiros skatistas da epoca. Era uma epoca onde o freestyle dominava, os skatistas usavam e abusavam das manobras dessa modalidade. No ano de 1965 se comercializaram os primeiros skates fabricados industrialmente e comecaram as primeiras competicoes. Esse esporte entao, teve seu auge em meados dos anos 70, em que ocorreu um fato que chocou a maior parte de todos os skatistas, a revista "Skateboarder" que era uma das mais importantes sobre o assunto, anunciou a sua mudanca de planos, agora cobrindo assuntos sobre competicoes de Biker's. Foi quando se deu a morte do skate, muitas pistas fecharam, e muitos abandonaram o esporte, apenas ficaram os que realmente gostavam do carrinho. Ouve entao que esses skatistas que perderam suas pistas, suas revistas, e tudo que era a respeito sobre eles, se lancaram a andar na rua, usando tudo que achavam no cotidiano como obstaculo, dai se deu o street skate. La pelos anos 70, ouve o racionamento de agua nos E.U.A, as pessoas esvaziavam suas piscinas, foi ai que os skatistas perceberam que essas piscinas vazias, poderiam ser otimos obstaculos, foi ai que se deu o skate em bowl, pools e vertical. Nos anos 80 o skate volta ao seu auge, com a inovacao dos skates, e a utilização das pistas em "U", os halfpipes, o skate retorna as suas origens de muitos adeptos, e com o aparecimento de varios nomes do skateboard mundial: Steve Caballero, Tony Alva, Tom Sims, entre outros contriburam e muito para o progresso do skate. Foi ai que surgiu um garoto que com apenas 12 anos, mandava flips muito altos na rampa, um garoto magro e com um estilo muito tecnico e mesmo com pouca idade ja deixavam os velhoes de queixo caido, quem era? Nada mais do que um simples skatista chamado Tony Hawk......voce conhece? Outro fator muito importante para o sk8 da epoca, foi o video da Bones Brigade, onde Steve Caballero teve um papel bastante forte na sua existencia. A partir dai, o skate nunca mais teve seu declinio, nos anos 90 foi quando o sk8 atingiu o seu auge, com muitos adeptos, produtos, e campeonatos que incentivam bastante os jovens, criancas, e ate os velhos dos anos 90. E assim o sk8 vai levando suas origens ate o futuro, se desenvolvendo cada vez mais, superando todas as barreiras de preconceitos impostas sobre seus praticantes, e assim vamos levando, o skate que nunca morrer.

O Skate no Brasil.

O Skate um esporte ainda pouco divulgado em alguns lugares do Brasil, apesar de possuir grandes skatistas. No pais o esporte ja teve seus altos e baixos. O primeiro pico foi na dcada de 80, onde havia revistas, videos e ate albuns de figurinhas. Depois no final desta decada e no começo dos anos 90, esta febre foi abaixando , talvez pela falta de patrocinio, divulgaçao, marcas... Hoje o skate ja esta voltando pro pé da galera, por causa da grande divulgacao que esta tendo. Com a internet ao alcanço de todos, e de campeonatos cada vez mais fortes, o skate comeca a reaparecer na cena. Mas nao e so a divulgaçao que esta fazendo o sk8 voltar ao palco, e a qualidade do skate atual. Na decada de 80 nao havia tantas tecnicas e manobras como hoje, tanto porque a configuraçao do skate era outra. Shape largo sem nose, rodas grandes e trucks pesados. Apesar disso o freestyle rolava forte naqueles tempos. Hoje em dia, o esquema é outro, o shape estreito (normalmente 7.5"), as rodas são menores e os trucks bem leves, facilitando assim as manobras de street...